A caminhada do Brasil rumo ao título inédito da Copa do Mundo feminina chegou a um fim melancólico com o empate sem gols contra a Jamaica. Mesmo em um grupo considerado acessível, a equipe comandada por Pia Sundhage além de tropeçar contra as jamaicanas, goleou a fraca seleção do Panamá e perdeu para a sempre favorita França. A eliminação precoce marcou o encerramento do ciclo de Marta com a camisa verde e amarela em Mundiais, deixando também incerto o futuro da técnica sueca.
Considerada por muitos como a maior jogadora de todos os tempos na modalidade, Marta disputou o torneio pela sexta e última vez. Apesar de descrever a experiência como um “pesadelo”, ela afirmou que o futebol feminino no Brasil está no caminho certo. Em suas palavras: “Não é, nem nos meus piores pesadelos, a Copa que eu sonhava. Mas é só o começo, o povo brasileiro pedia renovação e está tendo renovação. Acho que a mais velha aqui sou eu e temos muitas jogadoras novas, com muito talento e com um caminho enorme à frente. Termino aqui, mas elas continuam”.
Marta, figura essencial na luta pelo desenvolvimento do futebol feminino no Brasil, deixou a Copa sem marcar gols pela primeira vez. No entanto, como maior artilheira da história do torneio, com 17 gols, ela fez um apelo para que o público continue apoiando as jogadoras da seleção e a categoria como um todo no país.
Foto: WILLIAM WEST/ AFP