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Por que China censurou imagem de atletas abraçadas em Jogos Asiáticos

Na foto, os números de identificação das atletas mostram a combinação dos números 6 e 4. Ela foi apagada nas redes sociais chinesas.

Uma imagem de duas atletas chinesas que se abraçaram após uma corrida foi censurada nas redes sociais da China. A razão para a censura foi que os números de identificação usados na cintura de Lin Yuwei e Wu Yanni durante a prova formavam o número 64 quando as atletas se abraçavam.

As discussões sobre o massacre ainda são um tema tabu na China, e as autoridades frequentemente removem qualquer menção ao assunto na internet.

Naquele ano, tropas abriram fogo e mataram centenas de manifestantes pró-democracia na Praça da Paz Celestial, em Pequim. Ainda não está claro o número exato de pessoas que perderam a vida naquele dia, mas estimativas de grupos de direitos humanos variam de várias centenas a vários milhares de mortos.

As atletas que foram censuradas se abraçaram após uma corrida de 100 metros com barreiras durante os Jogos Asiáticos, na qual Lin conquistou a medalha de ouro. Lin competiu na pista número 6, ao lado da pista número 4 de Wu.

Os usuários fizeram várias postagens parabenizando Lin por sua vitória no Weibo, uma das maiores plataformas de rede social da China. No entanto, as postagens que incluíam a foto das duas atletas abraçadas foram censuradas.

No entanto, parece que a foto não foi completamente removida da internet, já que algumas notícias chinesas ainda estão utilizando a imagem das duas atletas. A China conquistou quase 300 medalhas até o momento nos Jogos Asiáticos, que estão ocorrendo na cidade chinesa de Hangzhou. O evento está programado para continuar até 8 de outubro.

Bloqueio de informação

O debate sobre o massacre na Praça da Paz Celestial é extremamente sensível na China. Gerações mais jovens de chineses cresceram com pouco ou nenhum conhecimento sobre o que ocorreu naquele evento.

As publicações relacionadas ao tema são rotineiramente retiradas da internet, que é estritamente controlada pelo governo chinês. No ano passado, uma live de um influente criador de conteúdo chinês, que ocorreu na véspera do 33º aniversário do massacre, foi abruptamente encerrada quando ele mostrou a seu público um bolo com formato que lembrava um tanque, fazendo referência à icônica imagem de um civil parado na frente de uma fila de tanques, tentando bloqueá-los.

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