O gramado do Estádio do Santa Cruz tem mostrado sinais de desgaste, uma preocupação que tem gerado inquietação entre os torcedores. A frequência reduzida da manutenção, aliada à sobrecarga de partidas, forçou o clube a adiar o início dos reparos em duas semanas. O Arruda tem sido palco das disputas de quatro times da série A2 do Pernambucano, o que contribuiu para o agravamento da situação.
A Comissão Patrimonial do Santa Cruz, encarregada dos cuidados com o gramado, esclareceu que o problema é mais estético do que estrutural. A principal razão por trás do estado atual do gramado é a redução significativa dos investimentos em manutenção. Durante o primeiro semestre, quando o time estava ativo, os custos com a grama eram de aproximadamente R$ 50 mil. No entanto, esse valor precisou ser reduzido pela metade devido às limitações financeiras.
Além disso, a falta de tempo tem sido um desafio. Inicialmente, o plano era iniciar o tratamento com herbicidas ainda em outubro. No entanto, de acordo com Victor Pessoa, da Comissão Patrimonial, os herbicidas exigem um período de três dias sem partidas para fazerem efeito, o que é incompatível com a agenda lotada de jogos no estádio. Somente no começo de novembro, após o término da série A2, haverá uma janela adequada para iniciar o tratamento.
“Teremos esse tempo no começo de novembro, quando a série A2 termina. Uma pequena mudança no cronograma, mas nada que traga impacto para o futuro próximo. Seguimos com o plano de ter o Arruda pronto para o início de janeiro”, explicou Victor. O tratamento será iniciado pelo mato no entorno do campo, que precisa crescer para que o herbicida seja eficaz.
A Comissão Patrimonial assegurou que não se trata de abandono, mas sim de um procedimento padrão. Os torcedores podem ficar tranquilos, pois em breve todas as ervas invasoras serão eliminadas, e o gramado do Arruda recuperará seu aspecto característico.