Faltando apenas quatro rodadas para o término da série B, a competição promete emoções, com apenas uma equipe tendo seu destino selado: o ABC, que foi rebaixado no último fim de semana. No entanto, a história da série B mostra que, a essa altura, pelo menos outras três equipes geralmente têm clareza sobre seu destino no ano seguinte. Desde 2006, quando o formato atual foi adotado, nunca os três primeiros colocados deixaram de conquistar o acesso nas quatro últimas rodadas.
Embora mudanças ocorram frequentemente no G-4, elas geralmente envolvem times trocando de posição internamente. Apenas em quatro edições houve mudanças que afetaram o quarto colocado, deixando a vaga de acesso em aberto. No entanto, é importante destacar que a distância entre o segundo e o quinto colocados nunca foi tão curta, o que torna possível a entrada de novos times no G-4 este ano.
As exceções a essa regra ocorreram em 2020, quando o quarto colocado CSA foi superado pelo Cuiabá no final, ambos com 52 pontos naquela fase. Em 2014, uma situação semelhante ocorreu quando o quarto colocado Boa Esporte foi superado pelo sétimo colocado Avaí, mas ambos tinham a mesma pontuação naquela altura.
Em 2011, o Sport, que estava em sétimo lugar, estava a dois pontos do quarto colocado Vitória e conseguiu alcançá-lo. No ano anterior, o quarto lugar foi tomado pelo sétimo colocado Icasa, mas o Icasa tinha um ponto a mais que o Figueirense.
Atualmente, o grupo de acesso da série B é liderado pelo Vitória, com 65 pontos, seguido pelo Sport e pelo Atlético-GO com 59 pontos, e o Criciúma com 57 pontos, a mesma pontuação do Juventude, que está em quinto. A competição está intensamente acirrada, e a diferença entre o segundo colocado e o quinto nunca foi tão curta.
Historicamente, o líder da série B a quatro rodadas do fim tem boas chances de conquistar o título e o acesso. Com base nesse cenário, o Vitória, que empatou na última rodada com o Juventude e chegou a 65 pontos, está praticamente garantido no acesso e provavelmente conquistará o título, a menos que a distância seja mínima entre o primeiro e o segundo colocados.
A competição da série B também é conhecida por mudanças frequentes na parte de baixo da tabela. Em oito das 17 edições da série B nesse formato, houve troca de posição entre o 17º colocado e alguma equipe fora da zona de rebaixamento.Essas mudanças incluem casos emblemáticos, como o do Remo em 2021, que estava a apenas três pontos da zona de rebaixamento, mas mesmo assim acabou sendo rebaixado, enquanto o Londrina escapou.
Em 2013, o Guaratinguetá estava em uma situação ainda mais confortável, com cinco pontos de vantagem em relação à zona de rebaixamento e seis a mais que o Atlético-GO, o 18º colocado. No entanto, o Atlético-GO não apenas escapou, como terminou com três pontos a mais do que o time paulista, que foi rebaixado naquela ocasião.
Um dos feitos notáveis foi o da Portuguesa em 2006. A Lusa era a lanterna com 36 pontos, mas venceu três dos quatro jogos finais e escapou do rebaixamento. O CRB, que era o 17º colocado, também se livrou do rebaixamento, com duas vitórias nas rodadas finais. Naquela ocasião, caíram o Paysandu, que estava em 14º lugar, a três pontos da zona de rebaixamento, e o Vila Nova, que estava em 16º lugar com um ponto a mais que o CRB naquela fase.