A “Operação Penalidade Máxima” do Ministério Público de Goiás (MP-GO), que visa desmantelar um esquema de manipulação de resultados no futebol, avança para sua terceira fase, mirando agora dois jogos do Náutico na Série B 2022. As partidas em questão contra Sampaio Corrêa e Criciúma estão sob investigação, com a busca por evidências em oito cidades do país.
O confronto entre o Timbu e o Sampaio Corrêa, realizado nos Aflitos, e a partida diante do Criciúma, no Heriberto Hulse, são alvos da investigação. Ambos os jogos resultaram em derrotas para o Náutico, respectivamente por 2×1 e 3×1. Além disso, outras partidas de diferentes competições, como confrontos estaduais e até mesmo da Série A do ano passado, estão sob escrutínio da Operação.
Essa fase da operação culminou em dez mandados de busca e apreensão, sem prisões, em cidades como Goiânia (GO), Campina Grande (PB) e São Paulo (SP). Os mandados foram expedidos pela 2ª Vara Estadual dos Feitos Relativos a Delitos Praticados por Organização Criminosa e Lavagem ou Ocultação de Bens Direitos e Valores.
A operação, que já identificou 32 envolvidos em corrupção desportiva, destaca o envolvimento de jogadores em acordos para receber cartões, cometer pênaltis ou favorecer apostadores. Em Pernambuco, casos como o do ex-zagueiro Paulo Miranda, anteriormente no Náutico e envolvido em jogos pelo Juventude, foram citados, resultando em uma suspensão de 720 dias. Outro jogador, o ex-lateral-esquerdo Igor Carius, enfrenta uma suspensão de 360 dias por suposto envolvimento em esquema de apostas durante sua passagem pelo Cuiabá.
O Náutico, por sua vez, emitiu uma nota sobre o assunto, reforçando seu compromisso com a ética e integridade, colocando-se à disposição das investigações como testemunha. A diretoria destaca a importância de uma punição justa aos culpados para assegurar a integridade no esporte brasileiro.