A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) vive um momento de transição após a destituição do presidente Ednaldo Rodrigues por ordem da 21ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O cargo será temporariamente ocupado por José Perdiz, presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), designado para conduzir uma nova eleição em 30 dias.
O afastamento também atingiu os oito vices-presidentes da entidade, e a decisão entrará em vigor após a publicação, prevista para segunda-feira, devido ao feriado de Justiça no Rio de Janeiro.
A ação movida pelo Ministério Público em 2018, durante o mandato do ex-presidente Rogério Caboclo, questiona os critérios da eleição da CBF, que atribuiu diferentes pesos para os eleitores, ferindo a Lei Pelé ao dar pesos distintos para federações, clubes da Série A e Série B sem um debate com todos os envolvidos.
Ednaldo assumiu a presidência da CBF de forma definitiva em março de 2022, via Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Rio de Janeiro. A decisão de destituição considera o TAC ilegal, argumentando que o MP não teria legitimidade para interferir nos assuntos de uma entidade privada.
A CBF pretende recorrer ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) contra a decisão. Os advogados da entidade argumentam a legalidade do TAC, confiando na jurisprudência do TJ do Rio para declarar a ação prejudicada.
A incerteza paira sobre os próximos passos da CBF enquanto busca estabilidade administrativa e jurídica.