O volante Uillian Correia abriu o coração ao relembrar o episódio do doping em 2016, quando atuava pelo Santa Cruz. Em uma conversa franca no podcast Vozes da Vitória, o jogador expressou a dor de ter sido tratado como um criminoso após o incidente.
“Me trataram como bandido. O doping é complicado, as pessoas te olham assim. Fiquei 30 dias de gancho, treinando separado. As notícias que saíam…”, desabafou, lamentando a repercussão e a falta de apoio naquele momento delicado.
Ele destacou sua confiança na própria inocência: “Não vou pagar por algo que não fiz. Se tivesse feito algo, teria admitido.” O teste positivo para “higenamina”, um termogênico, veio após o jogo entre Santa Cruz e Chapecoense. Correia defendeu-se, alegando que um suplemento contaminado teria causado o resultado e ressaltou casos similares em outros países.
Apesar da pena máxima possível ser de quatro anos, o Santa Cruz prometeu apoio, contatando o Cruzeiro, clube detentor dos direitos do jogador. No entanto, Correia expressou frustração com a falta de suporte adequado por parte dos clubes, tendo que arcar com altos custos para contratar um advogado mais capacitado.
Mesmo diante da angústia, Uillian enxerga um desfecho positivo: foi absolvido antes mesmo do julgamento, já que a substância não constava na lista de doping da CBF em 2016. Após sair do Cruzeiro, ele encontrou espaço no Vitória, seguindo sua carreira sem guardar ressentimentos do Santa Cruz, onde conquistou títulos importantes.
Apesar da turbulência, o jogador mantém a gratidão pelos desdobramentos positivos, mas não esquece o peso emocional e financeiro que enfrentou durante aquele período desafiador.