A crise na CBF pode resultar na exclusão dos clubes brasileiros das competições continentais e impactar a participação da Seleção nas próximas disputas. A FIFA e a CONMEBOL reiteraram, em carta à Confederação Brasileira, a ameaça de suspensão caso ocorram eleições, um ponto de discordância entre a Justiça comum e as entidades esportivas.
A carta alerta que se a CBF realizar eleições, a suspensão de todas as suas atividades será iminente, afetando direta e indiretamente os clubes e a Seleção. Com a ausência de um presidente desde a destituição de Ednaldo Rodrigues, a interferência jurídica externa na entidade esportiva é contestada pela FIFA.
Representantes da FIFA e CONMEBOL visitarão a CBF em janeiro para analisar a situação e buscar uma resolução dentro dos princípios de autonomia da entidade. José Perdiz, interventor designado pelo TJ do Rio, espera essa visita e defende a realização das eleições, apoiando-se na determinação da Justiça brasileira.
Perdiz vê a carta da FIFA como um acompanhamento positivo do processo eleitoral, reforçando seu compromisso com a transparência e legalidade. No entanto, a situação legal envolvendo a eleição de Ednaldo, contestada pelo Ministério Público, gerou impasses sobre a legitimidade das interferências externas nas questões da CBF.
A suspensão iminente dos direitos da CBF reacende questões sobre o processo eleitoral que elegeu Rogério Caboclo e posteriormente Ednaldo Rodrigues. O embate jurídico sobre as regras eleitorais e a legalidade do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) entre CBF e Ministério Público do Rio de Janeiro permanece sem resolução clara, gerando instabilidade na gestão da entidade esportiva nacional.