Franz Beckenbauer, conhecido como o “Kaiser” do futebol alemão, encerra sua jornada marcante, tendo triunfado em todas as frentes do esporte. Campeão do mundo como jogador em 1974 e depois como técnico em 1990, Beckenbauer deixou sua marca como presidente do Bayern de Munique e como o organizador-chave da Copa do Mundo de 2006 na Alemanha.
Sua trajetória começou como um garoto no bairro operário de Obergiesing, em Munique, onde se destacou no Munique 1906. Uma rivalidade surgiu quando, aos 12 anos, recusou-se a se juntar ao Munique 1860, optando pelo Bayern após uma briga em campo. Esse foi o início de uma ligação indelével entre Beckenbauer e o clube.
Ingressando no Bayern em 1964, Beckenbauer se destacou como um líbero inovador, conquistando títulos, como quatro na Bundesliga e quatro na Copa da Alemanha. Sua genialidade e classe eram evidentes, liderando a Alemanha rumo ao título da Eurocopa de 1972 e à vitória na Copa do Mundo de 1974, no Estádio Olímpico de Munique.
Sua imagem icônica na Copa do Mundo de 1970, jogando com o braço em uma tipoia devido a uma clavícula quebrada, simboliza sua dedicação ao esporte. Após encerrar sua carreira como jogador em 1983, Beckenbauer surpreendeu a todos ao se tornar um técnico bem-sucedido.
Ele conduziu a Alemanha à final da Copa do Mundo de 1986 e, quatro anos depois, venceu a Argentina na final em Roma. Beckenbauer entrou para a história como o segundo a conquistar o título mundial como jogador e técnico, após Zagallo.
Após deixar a carreira de técnico, ele assumiu papéis importantes no Bayern e na FIFA, liderando a organização da Copa do Mundo de 2006. No entanto, enfrentou controvérsias quando foi suspenso temporariamente pela FIFA em meio a suspeitas de corrupção na atribuição da Copa do Mundo de 2022 para o Catar.
Apesar disso, Beckenbauer recuperou sua imagem e se tornou uma figura respeitada na mídia e no mundo do futebol. Seu legado é indiscutível, moldando e contribuindo para o futebol alemão por mais de meio século.
