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Sobrevivente do Ninho: estreia no Santa Cruz

Felipe Cardoso, aos 21 anos, enfrenta seu primeiro ano como atleta profissional no Santa Cruz após sobreviver à tragédia do Ninho do Urubu, em 2019. Com memórias vívidas do evento que vitimou 10 amigos da base do Flamengo, ele encara desafios diários para superar traumas e perseguir seu sonho de se firmar como jogador.

“Antes de jogo ainda passa tudo na minha cabeça, antes de dormir também, quando eu fecho o olho já lembro de tudo que passei”, revela Felipe, destacando a persistência motivada pela memória dos amigos perdidos e pelo apoio da família. A tragédia deixou marcas profundas, levando-o a se fechar emocionalmente por um período, mas sua determinação em honrar aqueles que se foram o impulsionou a continuar.

Após a fatídica madrugada, Felipe retornou à base do Flamengo, mas foi dispensado após três meses, enquanto o processo de indenização ainda está em andamento. O suporte emocional veio do Bragantino, onde seguiu sua jornada no futebol de base. Apesar das dificuldades financeiras para acessar tratamento psicológico adequado, sua resiliência o manteve no caminho do esporte.

No Santa Cruz, Felipe já disputou quatro jogos, incluindo uma partida como titular no clássico contra o Náutico. Cada jogo é mais do que uma oportunidade de realizar seu próprio sonho; é uma homenagem aos amigos perdidos e uma demonstração de gratidão pela vida. O clube foi um recomeço crucial para ele, reavivando sua paixão pelo jogo e sua determinação em sobreviver.

Esta temporada é um capítulo significativo na jornada de Felipe, repleto de desafios e conquistas. Ele reconhece que Deus tem um propósito em sua vida e vê no Santa Cruz não apenas um time, mas uma oportunidade de reviver a paixão pelo futebol e a determinação em vencer, em honra daqueles que não puderam continuar ao seu lado.

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