O Santos está enfrentando um período turbulento devido a um imbróglio judicial envolvendo a demissão do técnico Fabián Bustos na temporada passada. A disputa legal resultou em um transfer ban imposto pela FIFA ao clube, enquanto o técnico argentino busca uma indenização de US$ 1,2 milhão (cerca de R$ 5,9 milhões).
Bustos moveu uma ação contra o Santos após o rompimento de seu contrato em julho de 2022. Durante sua passagem pelo clube, ele dirigiu a equipe em 28 jogos, com oito vitórias, 12 empates e nove derrotas. O jurídico do Santos tem trabalhado para tentar reverter a situação, porém, o impacto imediato já se faz sentir nas atividades do clube, especialmente no mercado de transferências.
O efeito mais visível do transfer ban é o impedimento da inscrição do goleiro Gabriel Brazão, recentemente contratado pelo Santos, para participar do Campeonato Paulista. Esta medida já está afetando as estratégias de reforço do elenco planejadas pelo clube para a temporada.

Bustos fundamenta sua ação judicial na alegação de que o Santos violou a cláusula de rescisão contratual. Embora não tenha havido o pagamento de uma multa rescisória, o técnico afirma que não recebeu uma notificação formal por escrito, conforme estipulado no contrato. A comunicação da rescisão foi feita apenas verbalmente.
A demissão de Bustos ocorreu após uma eliminação vexatória na Copa Sul-Americana, na qual o Santos foi derrotado pelo Deportivo Táchira, da Venezuela. Este revés na competição continental desencadeou uma série de consequências que agora o Santos precisa enfrentar, incluindo o desafio jurídico com Bustos e as restrições impostas pelo transfer ban da FIFA.
Enquanto o clube busca resolver essas questões legais e administrativas, a instabilidade resultante pode afetar a performance da equipe em campo e sua capacidade de competir em pé de igualdade com os adversários. O Santos enfrenta agora um período crítico que exigirá habilidade e resiliência para superar os desafios e recuperar sua estabilidade e reputação.