Na madrugada desta quinta-feira, Yuri Romão, presidente do Sport, e Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, falaram ao ge sobre o ataque sofrido pela delegação do Fortaleza após o empate de 1 a 1 na Arena de Pernambuco. O ônibus da equipe cearense foi alvo de bombas e pedras, resultando em seis jogadores lesionados: Titi, Brítez, João Ricardo, Sasha, Dudu, e Escobar, que precisou de sutura, mas está em condições estáveis.
Marcelo Paz destacou a presença de torcedores com “camisa amarela”, característica da principal organizada do Sport, e expressou sua consternação com o ocorrido. “Lamentável que isso aconteça. Meu amigo Yuri está dando todo suporte, somos amigos, os clubes são irmãos, o clube lamenta, o jogo foi belo, não teve nenhuma animosidade. E a gente se depara com uma situação como essa. Que essas pessoas sejam severamente punidas,” enfatizou o CEO do Fortaleza.

Todos os jogadores tiveram ferimentos causados por estilhaços de vidro, sendo Escobar o mais afetado. “Poderia ser uma tragédia muito grave. Porque foi uma bomba atirada contra o ônibus. E isso não pode acontecer, achar que é normal, acho que tem que se verificar como um todo o porquê disso estar acontecendo no Brasil,” complementou Marcelo Paz, repudiando a violência.
Marcelo Paz ainda abordou o contexto mais amplo do problema, destacando os esforços dos dirigentes para melhorar o futebol brasileiro nos últimos dois anos. Ele condenou a “selvageria” que afeta não apenas o Fortaleza, mas várias equipes. “Essa minoria que se acha dona das arquibancadas, dona das festas, acha que pode interceptar o ônibus de uma delegação. Isso precisa de um basta,” enfatizou o CEO do Fortaleza.
Yuri Romão, presidente do Sport, concordou com Paz e pediu uma ação urgente do poder público, presidentes de clubes, federações e da CBF para conter esse tipo de violência. “A gente não pode viver nesse clima de terror. A gente vai viver com uma delegação de 50 homens, 100 homens? Isso não é esporte, não é futebol,” concluiu o presidente do Sport.
Diante desse triste episódio, fica evidente a necessidade de medidas imediatas para garantir a segurança no ambiente esportivo, protegendo não apenas os jogadores, mas a integridade do esporte brasileiro como um todo.