O presidente do Sport, Yuri Romão, expressou sua insatisfação em relação à decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que impôs uma punição ao clube pernambucano. Em uma coletiva de imprensa, Romão alegou que a penalidade foi aplicada devido à origem regional do clube, sugerindo que a região Nordeste estaria sendo discriminada. Segundo o dirigente, “estão punindo um clube de Pernambuco, do Nordeste, apenas por conta do seu CEP.”
A decisão do STJD, anunciada na tarde da última sexta-feira, determinou que o Sport atue com portões fechados e sem a presença de sua torcida em jogos como visitante, exceto nas partidas do campeonato estadual. Yuri Romão ressaltou que o clube fez tudo ao seu alcance para garantir a segurança, tornando a punição, em sua visão, desproporcional e arbitrária.
O motivo alegado pelo STJD para a punição foi o suposto descumprimento do Sport ao artigo 158 da Lei 14.597/2023, relacionado ao dever dos clubes de assegurar a segurança dos torcedores. Para preservar a segurança em futuros jogos, o tribunal justificou a decisão por meio de uma medida cautelar.
Yuri Romão utilizou a coletiva para apresentar casos recentes de violência em estádios envolvendo outros clubes que, segundo ele, não foram penalizados da mesma forma. O dirigente mencionou incidentes envolvendo Internacional, Grêmio, Flamengo e Botafogo nos últimos dois a três anos.
No relato, Romão mencionou episódios como o ataque ao ônibus do Grêmio ao chegar no Beira-Rio, o incidente com o goleiro Danilo Fernandes no Bahia, além de situações similares envolvendo Flamengo, Atlético-MG, Botafogo e Fluminense. O presidente do Sport questionou a razão pela qual apenas seu clube foi punido, sugerindo que a decisão do STJD seria seletiva.
Diante da penalidade imposta, Yuri Romão anunciou a intenção do Sport em recorrer da decisão, buscando reverter a punição e defendendo a equidade no tratamento dos clubes no cenário esportivo nacional.
