Nesta terça-feira, 27 de fevereiro, marca um quarto de século desde que um clube da Premier League escalou uma equipe 100% inglesa. Em 1999, o Coventry protagonizou esse feito ao vencer o Aston Villa por 4 a 1 na 27ª rodada da Premier League 1998/1999. No mesmo ano, o Chelsea entrava para a história ao apresentar o primeiro time totalmente estrangeiro na competição.
O confronto entre Coventry e Aston Villa foi emblemático, pois marcou o último time da primeira divisão inglesa a entrar em campo formado exclusivamente por jogadores locais. O Aston Villa iniciou e encerrou a partida com uma equipe composta inteiramente por ingleses, incluindo os três substitutos que entraram em campo: Draper, Gareth Barry e Stan Collymore.
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Naquela ocasião, o elenco do Aston Villa contava com 25 ingleses, além de jogadores de Gales, Itália, Togo, Irlanda, Escócia, Austrália e Finlândia. Essa diversidade refletia um período em que o contingente estrangeiro ainda não dominava o futebol inglês.
O Middlesbrough, na última rodada da temporada 2005/06, foi o último time totalmente britânico na liga, enquanto o Burnley, em 2021, quase repetiu o feito do Aston Villa, escalando 10 ingleses contra o Tottenham. No entanto, o atacante tcheco Matej Vydra impediu uma formação totalmente nativa.
O contexto atual da Premier League é radicalmente diferente. A liga se tornou uma das mais globais do mundo, sem restrições ao número de estrangeiros por equipe. Desde 1999, o influxo de investimentos levou os clubes a buscar talentos internacionais, alterando a face da competição.
No mesmo ano do histórico jogo Aston Villa x Coventry, o Chelsea fez história ao ser o primeiro clube a apresentar uma equipe sem nenhum jogador inglês na Premier League. O time, dirigido por Gianluca Vialli, venceu o Southampton na temporada 1999/00, inaugurando uma era em que o futebol inglês abraçaria o talento estrangeiro e se tornaria um caldeirão de nacionalidades.