No desdobramento do empate em 1 a 1 entre São Paulo e Palmeiras no Morumbi, no último domingo pelo Campeonato Paulista, a polêmica ganhou protagonismo. O São Paulo foi multado em R$ 5 mil pela Federação Paulista de Futebol (FPF) por impedir a entrevista coletiva do técnico Abel Ferreira, configurando uma atitude que vai além do campo de jogo. A penalidade, baseada nos artigos 2 e 3 do regulamento de competições da FPF, abre espaço para debates e desentendimentos entre as diretorias dos clubes.
A infração ocorreu devido à recusa do São Paulo em disponibilizar a sala para coletivas ao treinador palmeirense. O regulamento estabelece que o clube mandante deve oferecer esse espaço, exceto em casos de acordo prévio entre as partes com antecedência mínima de 24 horas. A justificativa do São Paulo foi a reciprocidade, alegando que o Palmeiras adota a mesma postura no Allianz Parque.
Entretanto, o Palmeiras contradiz essa versão, afirmando que o espaço no Morumbi já estava preparado. A não liberação resultou na retirada de banners com patrocinadores e no cancelamento da coletiva de imprensa. O clima entre as diretorias ficou ainda mais acirrado, com trocas de acusações e descontentamento mútuo.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, lançou uma crítica direta ao técnico Abel Ferreira, sugerindo que ele deveria “parar de apitar os jogos do Campeonato Paulista”. A resposta palmeirense não tardou, destacando o tratamento desrespeitoso recebido pelo clube rival.
O desfecho dessa polêmica promete ser longo, com espaço para recurso por parte do São Paulo e uma possível escalada de tensões entre os clubes. O episódio pós-clássico deixa marcas, repercutindo não apenas no aspecto esportivo, mas também nas relações e no ambiente competitivo entre São Paulo e Palmeiras.