O clássico entre Santa Cruz e Sport, que terminou em empate por 1 a 1, não apenas agitou as emoções dentro de campo, mas também gerou momentos de tensão e confusão nas arquibancadas do Estádio do Arruda. Logo após o gol de empate de Felipinho, aos 45 minutos do segundo tempo, uma briga entre torcedores corais e seguranças contratados pelo Sport eclodiu em um dos camarotes, resultando em cassetetes para o alto e intervenção da Polícia Militar.
O torcedor coral Edson Neves, de 30 anos e proprietário do camarote 47, alega que um dos seguranças do Leão passou o jogo inteiro provocando e que houve truculência do Choque. As acusações são rebatidas pela diretoria do Sport, que compartilhava a área com a diretoria de futebol e jurídico do clube. A comemoração do gol de empate também gerou revolta entre os tricolores presentes.
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Guilherme Falcão, integrante do comitê gestor do Sport, relata que a comemoração foi normal, mas alguns torcedores alcoolizados reagiram de maneira agressiva, obrigando os seguranças a intervir. A Polícia Militar de Pernambuco foi procurada para comentar sobre o incidente.
Fora dos camarotes, a confusão se intensificou, com membros da diretoria do Sport sendo perseguidos por torcedores do Santa Cruz após descerem dos camarotes. Garrafas de água foram arremessadas, atingindo o radialista Moisés Oliveira, da Rádio Transamérica, que registrou um Boletim de Ocorrência no próprio estádio.
A saída dos jogadores do Arruda também foi tumultuada, com a necessidade de escolta policial e seguranças, a pedido do Santa Cruz, chegando 10 minutos após o ocorrido. A diretoria, o elenco e a imprensa ficaram cercados no portão de acesso ao vestiário, impedidos de entrar ou sair.
O clima tenso persistiu, com Bruno Reis, diretor de comunicação tricolor, divulgando o posicionamento oficial do clube. Ele relatou que um membro que acompanhava a delegação do Leão provocou a torcida com cusparadas na saída do estádio, sendo perseguido pelos torcedores até a porta do vestiário.
O Santa Cruz, como instituição, lamentou a agressão, rejeitando qualquer culpa e se comprometendo a identificar os responsáveis pelos atos, acionando suas câmeras de segurança. A expectativa é que as autoridades investiguem os incidentes, buscando responsabilidades e garantindo a segurança nos eventos esportivos. O clima quente fora de campo acrescentou um capítulo tenso a esse clássico do futebol pernambucano.