O Santa Cruz está se preparando para uma significativa readequação financeira após sua eliminação na semifinal do Campeonato Estadual. Antes da queda, o custo mensal do clube girava em torno de R$ 1,1 milhão, dos quais R$ 700 mil eram destinados ao futebol. No entanto, diante da nova realidade sem calendário nacional, a direção pretende reduzir drasticamente esses gastos, visando alcançar a cifra de apenas R$ 200 mil por mês, representando uma diminuição de quase 82% no orçamento.
A diretoria tricolor está reunida nesta semana para definir os próximos passos do planejamento no Arruda. Com nove meses sem atividades oficiais pela frente até o início da temporada de 2025, quando o time voltará ao cenário nacional na Série D, medidas de contenção de despesas tornam-se urgentes.
Do montante mensal necessário para o funcionamento do clube, a maior parte é voltada para a manutenção do futebol, incluindo salários dos jogadores, custeio e staff. Com a nova política de redução de gastos, apenas aqueles que puderem ser mantidos serão integrados ao quadro do clube, com alguns atletas sendo incentivados a retornar no próximo ano como “recontratados”.
Essa não é a primeira vez que o Santa Cruz enfrenta a necessidade de cortar despesas. Após a não classificação na Série D do ano passado, o clube precisou reduzir seus gastos, inclusive diminuindo o expediente por questões de economia de energia. No entanto, a gestão anterior deixou salários atrasados para o atual presidente, Bruno Rodrigues, que agora enfrenta o desafio de lidar com a readequação financeira do clube.
